O Carnaval no Brasil é uma das festividades mais populares da cultura latino americana. Mesmo sendo uma herança dos colonizadores portugueses no Brasil, se tornou referência como o maior Carnaval do mundo. A festa popular virou sinônimo de alegria, leveza e despreocupação para a maioria das pessoas. Por isso, a máxima de que o ano só começa depois do Carnaval. 

Mas como a folia pode afetar o comportamento humano? Rafaela Mattos, psicóloga da Vibe Saúde, traz algumas visões sobre como a saúde mental é importante no período e quais são os processos mentais vividos durante a experiência carnavalesca. 

Vamos lá: 

1) As fantasias: é comum que os foliões usem maquiagens, fantasias e máscaras para se ‘disfarçarem’. “Do ponto de vista simbólico, a fantasia comunica algo sobre si próprio e o que se acredita. Este um dos fatores que colabora para a conexão ou ruptura entre as pessoas na hora deste encontro social", explica, Rafaela. 

2) As conexões possíveis nos bloquinhos de carnaval: o carnaval de rua, os trios elétricos e os shows, por exemplo, favorecem que pessoas que não se encontrariam em uma rotina comum, possam estar no mesmo espaço com outras pessoas e, com isso, se conectem. “E, uma vez que nos permitimos a ‘romper nossa bolha’ e encontrar diferentes perfis, gostos e interesses, podemos ver o mundo de outro jeito”.  
 
3) O senso de liberdade: o carnaval tem um outro papel importante, o de quebrar barreiras: de permitir ao indivíduo relaxar suas próprias regras e afrouxar as tensões diárias, numa espécie de suspensão da realidade. A festividade libera a ‘criança interior’, e traz à tona a espontaneidade.  
 
4) Repertório social: é importante que haja consenso, cuidado e respeito mútuo entre as pessoas durante o carnaval. Esses encontros têm seus benefícios, ampliam nosso repertório social, cultural e emocional. Mas, também, nos deixa vulneráveis a encontrar pessoas e viver experiências de intolerância, preconceito, tabus e estigmas, que podem afetar a nossa autoestima, o nosso bem-estar e o bem estar social. Carnaval também é qualidade de vida. Devemos instituir o respeito consigo e com o outro durante as festas. Amor próprio é importante, e o amor com o outro, num evento social como este, é tão essencial quanto. 
 
5) A urgência de viver: a rotina de trabalho no dia a dia, os afazeres, as cobranças e todas as necessidades de corresponder às expectativas externas fomentam uma urgência em "fazer o que tem que ser feito" o tempo todo. Isso acaba ocupando um espaço tão grande nas nossas vidas, que acabamos que não nos permitimos "ser quem somos". Precisamos internalizar alguns aspectos do evento: "quando nos vestimos de nós mesmos, isso nos diverte, alegra e realiza?”. É importante fazermos da nossa vida o maior bloco de carnaval também. Sermos urgentes das nossas necessidades. 

A psicologia ajuda a encontrar ferramentas para desbravar novos caminhos. "Fazer terapia é essencial para assumir seu verdadeiro eu e se importar menos com as preocupações e cobranças externas”, lembra a psicóloga da Vibe.  

O evento anual parece ser uma licença poética para acessar lugares, emoções e comportamentos negados pelas pessoas ao longo do ano. “Deixo aqui um convite à reflexão sobre a vida que estamos levando: atente-se para o quão longe da realidade você precisa ir para ter alegria, diversão e criatividade na sua rotina, para que o Carnaval aconteça sempre dentro de você”, finaliza Rafaela.  

Lembre-se sempre que a terapia pode te ajudar em todos os processos, experiências e vivências da sua vida. O Carnaval é só mais um dos eventos que interferem na nossa mente e nas nossas emoções e que precisamos ficar atentos. Aqui na Vibe, você pode fazer terapia online, onde quiser e quando precisar. 

 

 

 

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